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Ceará, tua glória é lutar

O ano de 2017 para o Ceará Sporting Club se desenhava para ser um ano de grandes dificuldades para o clube. A não classificação para a Copa do Nordeste, principal torneio regional do país, e que já contou com o título do Ceará no ano de 2015, poderia ser um prenúncio de um ano amargo para o torcedor do vovô. O porém é que esse “bicho” chamado futebol não é uma ciência exata, como já diria os jargões mais populares. Futebol é imprevisível e o que se viu no ano do Ceará foi uma quebra total de paradigmas para o clube.

 

O ano de 2016 começou e terminou de maneira um tanto quanto melancólica para o clube. A equipe que no início da temporada nem sequer figurou entre os quatro melhores times do campeonato cearense e ainda viu seu maior rival, o Fortaleza, faturar o bicampeonato estadual naquele ano, não passou apenas de uma indiferente décima colocação no brasileiro da série B de 2016. O técnico na ocasião era Gilmar Dal Pozzo, que assumira a equipe em novembro e vinha de um trabalho contestado à frente da equipe do Paysandu, de Belém do Pará. O treinador assumiu o Ceará com a missão de acesso ao olimpo da primeira divisão. A história no final não premiou o alvinegro.

Dal Pozzo, catarinense, foi mantido para o ano seguinte. 2017 precisava ser diferente, era o que clamava a apaixonada torcida do alvinegro de Porangabuçu. O “manjadinho” como é conhecido o certame estadual pelos torcedores, tornou-se uma obrigação maior para o Ceará, visto que o maior rival havia vencido por dois anos consecutivos, mesmo em uma divisão inferior.

 

A união entre o treinador e o alvinegro durou apenas três meses. Logo após a eliminação na Copa do Brasil frente à equipe do Boa Vista do Rio de Janeiro, Dal Pozzo foi hostilizado no aeroporto Pinto Martins em Fortaleza, por um grupo de torcedores do Ceará. O desgaste já estava muito grande entre o treinador, torcida e dirigentes, resultando na saída em comum acordo entre o técnico e o comando diretivo do Ceará. (Confira todos os técnicos do clube durante o ano de 2017).

Para substituí-lo, foi escolhido o folclórico treinador Givanildo de Oliveira, conhecido pela alcunha de “Rei do Acesso”. E nada mais sugestivo para uma equipe que tinha como maior objetivo o acesso à primeira divisão em 2017. Givanildo assumiu a equipe e viu seus comandados chegarem à final do Campeonato Cearense. Naquela ocasião o adversário não foi o tradicional Fortaleza, mas sim o Ferroviário. O Tubarão da Barra não sabia o que era disputar um título de cearense desde o ano de 1995, que marcou também o seu último título estadual. No final de tudo, duas vitórias para o time do Ceará, e assim conquistando o seu quadragésimo quarto título estadual.

 

Em meio as competições do Cearense e da Copa do Brasil, o Ceará ainda disputou a Copa da Primeira Liga, que era disputada majoritariamente por equipes do eixo Sul/Sudeste do Brasil, mas que nessa edição também contou com a equipe Alvinegra, representando o Nordeste. Campanha apenas regular e o time cearense ficou pelo caminho, ainda na fase de grupos. Grupo este, composto ainda por Flamengo, Grêmio e América-MG.

O início da Série B

 

A saga do Ceará na Segundona teve início no dia 12 de maio. Naquela oportunidade, o Ceará saiu de campo com derrota. O placar no estádio Rei Pelé, em Maceió, foi de 1x0 para o Clube Regatas Brasil (CRB). Um começo um tanto quanto complicado para o Vovô, que apesar de ter conquistado o estadual ainda sofria críticas da torcida pela eliminação precoce da Copa do Brasil.

Mas parece que a derrota logo na primeira rodada causou um efeito oposto na equipe. Apesar da irregularidade, o Ceará viu seu futebol crescer quando demitiu o ‘Rei do Acesso”, Givanildo Oliveira, para contar com os serviços de Marcelo Chamusca. Aquele mesmo que por vezes tentou o acesso à Série B com o rival Fortaleza, mas que sempre fracassava no mata-mata. Marcelo vinha de um acesso à mesma série B com o Guarani de Campinas no ano de 2016. Faltavam algumas peças no elenco para o alvinegro engrenar. Alguns jogadores que pudessem cumprir os anseios táticos de Chamusca. Eles vieram.

Arrancada à elite

 

Se existe um momento mais marcante para essa campanha do Ceará na Série B talvez a sequência de vitórias nos jogos decisivos contra Vila Nova, Oeste e Paraná retratem bem o ímpeto que o Vozão demonstrou para se firmar no G4 e de lá não mais sair. Os três jogos em questão eram confrontos diretos. O Paraná Clube estava à frente do Ceará e os outros dois almejavam a vaga entre os quatro primeiros colocados justamente do Ceará. Foram três vitórias maiúsculas. Se não na diferença de gols, certamente na importância. Dois jogos vencidos em casa, na Arena Castelão, diante de Paraná e Vila Nova e fora de casa, diante da equipe do Oeste, na Arena Barueri em São Paulo, valendo a 29ª rodada da Segundona.

Com 51 pontos e jogando um futebol consistente, o time de Porangabuçu seguiu firme entre os quatro que garantiriam o acesso. Outro confronto emblemático na campanha foi o que ocorreu no dia 28 de outubro, válido pela 32ª rodada da competição. Jogando fora de seus domínios, o Ceará foi até Porto Alegre e venceu pelo placar mínimo a temida equipe do Internacional, recém egressa do grupo de elite. O atacante Elton marcou o gol solitário dos visitantes após bela jogada de Lima e deu um gosto especial à ótima campanha alvinegra, com números expressivos jogando como visitante também. Só nessa Série B o Vovô somou 29 pontos fora de casa, dos seus 67 no total.

Enfim, na penúltima rodada o Ceará voltou à elite.  O jogo diante do Criciúma no final das contas foi apenas um treino de luxo para o Ceará que viu seus principais concorrentes, Oeste e após alguns jogos, o Londrina, tropeçarem na rodada antes mesmo do Vozão entrar em campo. O dia 18 de novembro de 2017 ficou conhecido como a data que o futebol cearense teve de volta um representante à elite do futebol brasileiro.

Sinalado como um dos principais jogadores do time na reta final de campeonato, o volante Pio, que marcou gols em momentos cruciais para a equipe, contra o Guarani, Figueirense e Paysandu, destacou o que, em sua opinião, foi crucial para Acesso à Série A e valora o momento atual do futebol cearense.

Pio - Jogador do Ceará sobre o acesso
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João Bandeira Neto, editor assistente do caderno Jogada do Diário do Nordeste, avalia que o fator de desequilíbrio para o Vovô foi o fato da equipe ser extremamente efetiva em jogos dentro de casa e principalmente fora de seus domínio. “O Ceará foi cirúrgico no momento que tinha que ser. No momento que ele precisava ir lá e fazer os três pontos ele ia e vencia por 1 a 0 e pronto".

Números preciosos

 

Um jogo após o acesso o vovô obteve o maior público registrado em toda a competição, com o total de 56.005 presentes, no dia 25 de novembro de 2017. Também teve o segundo maior público em média da Série B, perdendo apenas para o Internacional, com 20.555 torcedores de média. Além da euforia que sucede um acesso, os torcedores do Ceará também vão poder comemorar o fato de que os cofres da equipe vão estar cheios nesse ano de 2018. Só de cota de televisão, o Ceará vai ter disponível um montante de 23 milhões de reais para a disputa da primeira divisão. Nunca uma equipe cearense em toda a história recebeu essa quantia de cota televisiva.

O que esperar de 2018?

 

Se o ano de 2017 começou de maneira desestimulante para os torcedores alvinegros e terminou da melhor forma possível com o Acesso, o mesmo não pode se dizer do início de 2018. A expectativa da torcida é imensa. O “sarrafo está lá em cima”. Agora o nível de exigência é completamente diferente. Serão quatro competições para o Vovô em 2018, no que diz respeito à Campeonato Cearense, Copa do Brasil, Copa do Nordeste e Campeonato Brasileiro - Série A. Para o próximo ano, o Ceará inevitavelmente precisa se reforçar. Alguns nomes como Romarinho e Lima não continuam no Vovô e outros nomes devem chegar para as sus posições que no momento são as principais carências da equipe.

Como estratégia, a diretoria do Ceará fez praticamente a mesma coisa de quando subiu em 2009. Manteve mais de 60% do seu elenco que se destacou na Série B para disputar a Série A em 2010. O resultado foi um dos melhores possíveis. Campanha sem susto de rebaixamento e vaga assegurada na Sopa Sulamericana de 2011. O jornalista Tom Barros do Diário do Nordeste analisa o que deu certo para o Ceará ter o desempenho que teve nesse ano, principalmente no Brasileirão e ainda o que pode melhorar para 2018.

Além da manutenção de algumas peças do time, o Ceará pretende contratar alguns jogadores para a disputa da Série A. É o que afirma o diretor financeiro do clube, João Paulo Silva. Em entrevista para a nossa equipe, ele fala um pouco sobre o perfil do jogador que o time busca trazer:

O Ceará já renovou o contrato dos jogadores Ricardinho, Pio, Pedro Ken, Rafael Pereira, Luiz Otávio, Rafael Carioca, Fernando Henrique e Elton.

Agora na Série A, o Ceará concentrará seus jogos principalmente no eixo Sul/Sudeste do país, com exceção de três jogos que farão na região Nordeste, sem contar os jogos que serão feitos em casa. Confira aonde o Ceará jogará em 2018 na primeira divisão do Brasileiro:

Pio - Sobre o futebol cearense
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Tom Barros - fala sobre o Ceará
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João Bandeira Neto - fala sobre o Ceará
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João Paulo Silva - fala sobre jogadores
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